EXEMPLOS DE HUMILDADE
De: João Batista de Paula – Escritor e Jornalista
Tolerar o que é fácil está ao alcance de todos, mas a verdadeira
tolerância significa tolerar o que é intolerável.
Viver agora. O servir espontâneo conquista a pessoa e sua gratidão. Por
isso, todos dizem em coro: Não queira ser considerado um homem importante. E
sim, deseje tornar-se um homem que gera gratidão nas outras pessoas pela sua
existência. Na verdade, existe minhoca querendo ser cobra.
É muito importante lembrar sempre o seguinte: os girassóis se inclinam
com o Sol. Se vir
algum que se inclinou de
mais, quer dizer que morreu. Você pode ser útil e servir sempre. Você está
servindo, mas não é um criado. Deus é o primeiro criado! Deus serve aos homens,
mas não é criado deles.
Na vida em que vivemos, na realidade tal como ela é, os que procuram ser
modestos são sempre mais respeitados, porque parecem mais nobres. Poucos são
aqueles que gostam de pessoas arrogantes, esnobes e imponentes. Quem se torna dócil e obediente, no final vence, porque acaba
atraindo estímulos e incentivos para uma vida mais feliz.
Observe a vida e as pessoas em sua volta, os simpáticos e os arrogantes ;
os bem sucedidos e os altruístas. Muitos fortalecem as boas amizades; e outros
afastam as pessoas de bem. Por isso, as nossas palavras e atitudes devem ser
belas.
O ideal é ser natural, ontem, hoje e sempre, ser um pessoa simples,
pondo apenas mais gentileza e nobreza nos atos e atitudes. O treino da
humildade, tolerância e de amor é importante, diariamente, em todo o nosso
caminhar. Diz um velho ditado: “ Tolerar o que é fácil está ao alcance de
todos, mas a verdadeira tolerância significa tolerar o que é intolerável”.
Os velhos axiomas “ O falcão inteligente oculta as garras” e “ Quanto
mais carregada de grãos, mais se curva a espiga de arroz” referem-se à
humildade.
Está mais do que evidente que, para ser afortunado, o homem precisa
semear o bem, servir e vivenciar o amor de Deus, o amor altruísta e trabalhar
pela paz e fraternidade, polir a pedra bruta e fazer a espada chegar ao seu
ponto ideal. E se alguém jogar pedras em você, por pensar assim, juntar as pedras; e com elas edificar o seu próprio castelo. O impossível acontece.
" O bem que praticares em algum lugar é teu advogado em toda
parte", Chico Xavier.
João Batista
de Paula – escritor e jornalista. Autor do Livro: Flores para um mundo melhor.
Leitura
complementares de Humildade: A
Parábola dos
primeiros lugares.
Tendo Jesus entrado em casa de um dos
principais fariseus a fim de ali
tomar sua refeição, ao notar como os
convidados escolhiam os primeiros
assentos à mesa, propôs-lhes uma
parábola, dizendo:
“Quando fores por alguém convidado para um
casamento, não te sentes
no primeiro lugar, para não suceder
que seja por ele convidada uma pessoa
mais considerada do que tu e, vindo o
que convidara a ti e a ele, te diga: dá o
lugar a este; e então vás,
envergonhado, ocupar o último lugar.
Em vez disso, quando fores convidado, vai
tomar o último lugar, para que,
quando vier o que te convidou, te
diga: amigo, senta-te mais para cima; então
isto será para ti uma honra diante de
todos os demais convivas. Pois todo o
que se exalta, será humilhado; e todo
o que se humilha, será exaltado.” (Lucas,
14:7-11).
O orgulhoso (Fábula de Monteiro Lobato)
Era um jequitibá enorme, o mais importante da floresta. Mas orgulhoso e gabola. Fazia pouco das árvores menores e ria-se com desprezo das plantinhas humildes. Vendo a seus pés uma tabua disse:
— Que triste vida levas, tão pequenina, sempre à beira d’água, vivendo entre saracuras e rãs… Qualquer ventinho te dobra. Um tisio que pouse em tua haste já te verga que nem bodoque. Que diferença entre nós!A minha copada chega às nuvens e as minhas folhas tapam o sol. Quando ronca a tempestade, rio-me dos ventos e divirto-me cá do alto a ver os teus apuros.
— Muito obrigada! Respondeu a tabua ironicamente. Mas fique sabendo que não me queixo e cá à beira d’água vou vivendo como posso. Se o vento me dobra, em compensação não me quebra e, cessado o temporal, ergo-me direitinha como antes. Você, entretanto…
— Eu, que?
— Você jequitibá tem resistido aos vendavais de até aqui; mas resistirá sempre? Não revirará um dia de pernas para o ar?
— Rio-me dos ventos como rio-me de ti, murmurou com ar de desprezo a orgulhosa árvore.
Meses depois, na estação das chuvas, sobreveio certa noite uma tremenda tempestade. Raios coriscavam um atrás do outro e o ribombo dos trovões estremecia a terra. O vento infernal foi destruindo tudo quanto se opunha à sua passagem.
A tabua, apavorada, fechou os olhos e curvou-se rente ao chão. E ficou assim encolhidinha até que o furor dos elementos se acalmasse e uma fresca manhã de céu limpo sucedesse aquela noite de horrores. Ergueu, então, a haste flexível e pode ver os estragos da tormenta. Inúmeras árvores por terra, despedaçadas, e entre as vítimas o jequitibá orgulhoso, com a raizana colossal à mostra…
E aí, você prefere ser o Jequitibá ou a tabua?
Eu escolho a tabua.
Mas conheço muitos jequitibás…
(Fábula de Monteiro Lobato)
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