ENTREVISTA DIVERTIDÍSSIMA COM JOÃO BATISTA DE PAULA
“ Só se pode juntar
as mãos quando estas estão vazias”
O escritor e jornalista cearense, João Batista de Paula, filho
adotivo de Itabuna há 30 anos, no Sul da
Bahia, onde edita os Jornais “ O Sucesso e o Produtor” , foi entrevistado pelo poeta paulista, Wagner Albertson,
poeta popular, pés no chão, mas que fala vários idiomas: Inglês, Francês,
Alemão, além de ser um dos colaboradores do Jornal Direitos, é bibliotecário da
Igreja dos Santos dos últimos Dias. Wagner
é conterrâneo do Jornalista e escritor Daniel Thame, que também vive em
Itabuna. João de Paula, o escritor da arte de divertir através da escrita,
pediu “ por favor” que fosse
entrevistado em Português. Fique por dentro do que pensa o Escritor e Repórter
do Povo.
Wagner Albertsson
- João de Paula vi você numa procissão, todo social, mas usando chinelas. Você
não é de usar chinelas? São as chinelas da humildade?
João de Paula - Eu estava pagando promessa. Fiquei Rico. Você
olhou para os meus pés, mas não olhou para as minhas mãos, que estavam usando
anéis de 2 mil reais cada. Eu estava seguindo
a procissão como fazem os ricos; e não perseguindo o Santo como fazem os
pobres.
Wagner Albertsson
– Você quer ser uma pessoa famosa, a nível nacional ou internacional?
JP – A boa fama vale
mais do que ouro e prata; mas, jamais tenho
pretensões de querer competir com
o escritor Monteiro Lobato ( O mais Lido do Mundo, em primeiro lugar); nem com
Paulo Coelho ( em segundo lugar) ; e nem com o escritor itabunense , Jorge Amado, em terceiro lugar. Não me importo ser o último da lista a ser
lido. O que quero é ser o primeiro, não o segundo, a ser conhecido a nível
local, no servir espontâneo e na conquista da gratidão e da bondade das pessoas. Não é
porque a pessoa obteve fama, que significa que ela seja feliz.
Wagner Albertsson-
Por que você aparece tanto no seu Jornal? É o único jornalista que conheço ; e que fala de si mesmo? Isso não é antiético?
JP - Estou seguindo ao pé da letra, a mensagem que
diz: “ Quem não é visto, não é lembrando”. As
revistas, jornais,
televisões e rádios dão preferências, na
maioria das vezes, aos artistas quando morrem, ou quando fazem algo
inconveniente. Descobrem valores neles que a gente até
dúvida. Eu mato a minhoca e mostro a minhoca morta; e o pau com que matei a minhoca
que queria ser cobra. Assim, meus
leitores ficam por dentro do que ando fazendo no meu dia-a-dia. Todos desejam
ter a verdade ao seu lado. Mas não são todos que desejam estar ao lado da
verdade sempre.
Wagner Albertsson –
Você é um jornalista crítico, gosta de mostrar a realidade tal como ela é,
odeia o mal e encara os agressores do bem. Como é que você harmoniza esse seu
jeito de ser com a religião que você faz parte, falando de amor, de perdão e
caridade?
JP – Não sou Santo! Aprendi a separar o mal do bem. Não é por ser religioso,
que vou aceitar todo mundo andando na lama, pisando todo mundo. Tenho meus
sentimentos. Você é você; e eu sou Eu. No fundo de todos os nossos sentimentos
está a falta de Deus, a falta de amor, a falta de saúde ou a falta de dinheiro.
Wagner Albertsson-
Na sua cidade como é seu relacionamento
com seus colegas jornalistas, escritores e poetas?
JP- O meu
relacionamento é o de respeitar cada um, em sua particularidade, em seu nível
cultural. A hospitalidade é algo
excelente, quando a praticamos de graça e atenciosamente. Prefiro identificar e me relacionar com Academia da Alma, acreditando que Deus faz
parte dos poemas nas primeiras ou nas ultimas letras. Ele pode ser até o pingo
do i. Ou até ser a última letra. Lembre-se:
existe sempre alguém mais sábio que você.
Wagner Albertsson
– O que é que você quer dá vida, se você diz que já tem tudo?
JP – O meu tudo é
Deus, a boa saúde e dinheiro. Sem Saúde a gente não agrada nem a você e nem a ninguém, principalmente, a Deus. Dinheiro
compra pão, mas não compra gratidão.
Wagner Albertson
- O que você acha dos artistas,
empresários, poetas, escritores, ou mais, que não fazem parte das academias de
Letras ou Clubes de Poetas?
JP-O que importa são os
méritos do cidadão. São seus méritos que
devem valer mais do que os seus deméritos. O imprevisto não manda aviso prévio.
Não acho que ninguém seja melhor do que outro só por causa do tamanho de sua
escrita ou posição financeira. A arte de alto nível é que enobrece os nossos
sentimentos. A mais alta das torres começa no solo. Não devemos ignorar o Marketing e a Propaganda.
Wagner Albertsson
– O que você espera das outras pessoas, principalmente, daqueles que se dizem
seus inimigos?
JP- Eu nem sabia que
eu tinha inimigos !Quando alguém me presta uma homenagem, ou elogio em vida, fico muito feliz pela gentileza.
Existem pessoas que preferem os falsos elogios do que saber da sinceridade. É
bom lembrar sempre o seguinte: Só se
pode juntar as mãos quando estas estão vazias.
Wagner Albertsson
– O que você acha das pessoas homenageadas em vida com seus nomres em logradouros públicos,
escolas, ruas, hospitais, creches, etc,
?
JP- Acho
importante. Valoriza o cidadão e sua história de vida. A gente não dá remédio a quem está morto. Quem
está vivo é que vai valorizar a homenagem, além de fazer parte da cultura do seu
povo e da cidade. Todos correm atrás do dinheiro; da fama; da posição social; mas, acabam em menos de 100
anos. Quando para ser feliz, de três
coisas necessita o homem: Bons Livros, Um amigo e a Benção de Deus. Resumindo:
Deus, Saúde e Dinheiro.
Wagner Albertsson-
Qual é a sua mensagem ou a piada do dia?
JP- Costumo dizer o
seguinte: Compre meus livros para que eu fique mais rico. Gosto destas indagações:
Por que todos têm dois e você só tem um?
Tem dado em casa? Praticou alguma gentileza Hoje? A entrada e a saída da vida é
igual para todos. Do fundo do poço a única saída é para cima. Muita luz é como
muita sombra; não nos deixa ver.
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