A Escritora e poetisa Expedita Maciel, esposa do escritor e Jornalista João Batista de Paula, o Battisti Bulcão, fez um poema em homenagem ao Rio Cachoeira de Itabuna, que passa pela cidade, correndo rumo ao mar de Ilhéus, sendo fonte de vida mesmo a tantas tribulações: seca, enche, poluído, não poluído, com odor e sem odor.
Expedita é autora do Livro: Vim, vi e venci. |
Rio Cachoeira de ribanceiras pedregosas e leito arenoso, onde pessoas anosas tiravam seu sustento; sem tanto intento de depredar;
Rio Cachoeira que murmuravas ao entardecer, na ilha do Jegue, alegremente quando retornavam com graça; as garças que ao amanhecer revoavam para festejar mais um dia indo até outras margens;
Rio Cachoeira corria alegre com barulho levando contigo bagulho e pedregulho, algumas baronesas que o purificavam; e os peixes que no meio de feixes de cipós respiravam e saltitavam alegres felizes;
Rio Cachoeira lembro sentada na escadaria de minha casa, próxima a ponte velha, as luzes da cidade refletindo à noite em tuas águas prateadas; e na ponte dos Velhacos formavas uma cachoeira com suave murmúrio agradava aos ouvidos;
Rio Cachoeira de tantas alegrias, onde nos fins de semana, famílias banhando, pescando, jogando, fazendo festa na fazenda Progresso que com o progresso tudo que foi sucesso na natureza: o progresso levou;
Rio Cachoeira hoje te vejo não como desejo; mas, sim agonizante junto com os peixinhos que arfam em busca de ar puro que o futuro matou;
Rio Cachoeira eu juro sem perjúrio que ao invés de propagarem para te salvar, revitalizar, que cantarias muito mais feliz se purificassem as águas químicas dos esgotos que te matam; e a vida que no habitat de um rio habita, preservassem a mata axial de sua nascente.
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Poesias
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