TELMO PADILHA (1930-1997)
22/08/13
TELMO
PADILHA (1930-1997)"Conheci o poeta nos anos 80, apresentado por meu tio e padrinho Gervásio Santos. Como raros colegas do sul da Bahia, ele incentivou meu trabalho literário, elogiando-o publicamente. Telmo nasceu em Itabuna e era também jornalista. Poeta talentoso, publicou "Girassol do Espanto"(1956); "Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974); "Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no Escuro"(1980) e "Noite contra Noite" (1980). Muitas obras de sua autoria foram traduzidas para o italiano, o espanhol, o inglês, o francês, o alemão e o japonês."
"Destacou-se no cenário nacional e foi agraciado com muitos prêmios, embora hoje – injustamente – esteja esquecido. Poeta de reflexões existenciais, que constantemente indaga-se, questiona-se, numa linguagem repleta de sutilezas líricas. Sua poesia reside numa lírica lucidez, num abismo interior, entre a febre e insônia, expressa num processo criativo maduro e num estilo impecável."
RIMA
A palavra amor
já não rima com flor:
outra é sua correspondente
na escala do som,
na escala do ritmo.
Pode-se combiná-la
com calor, noutro plano;
ou com identidade,
aquela que mente
à outra verdade.
Com cal e giz
a escrevemos
no poema
NOTA
Telmo Patilha, tão poderoso e tão simples ! Conheci o escritor no extinto PACCE, no CNPC, em Itabuna, em 1984, quando acabava de Chegar do Ceará para lançar meu livro na região. Cheguei a presença dele através de Dom. Paulo Lopes de Faria e do Padre Auxênco Costa, que estavam organizando o Lançamento do meu primeiro livro, intitulado : "Você é Importante". Ele foi atencioso e providenciou "release" à respeito do Livro, mandando para o Jornalista e Radialista Vily Modesto ; e para o Diário de Itabuna, além da Assessoria de Imprensa da Prefeitura, na época, gerenciada pelo Jornalista Pedro Ivo Bacelar, e sendo prefeito Ubaldo Dantas.
Ele foi uma ponte cultural para mim, onde até hoje guardo gratidão, pois, conheci outra alma boa, desprovido de inveja, o jornalista e escritor Ariston Caldas, que sempre públicou meus textos e poemas, no Jornal Diário do Cacau e Diário da Manhã. Conheci também no Diário de Itabuna, o poeta Joselito Reis, que editava uma página de poesias, dando vez as minhas letrinhas. Obrigado aos poetas e jornalistas. Deus foi tão bom e tem sido maravilhoso em minha vida, que, em determinada época coloca pessoas boas em meu caminho. Hoje fui presenteado com as amizades no mundo das letras, nesta querida terra, com Ary Quadros, Eglê Santos Machado, Vercil Rodigues, Rilvan Batista de Santana e Edeildo Marques. Obrigado a todos. Naverdade, só faz boas recordações quem as tem. Viva Telmo ontem, hoje e sempre. João Batista de Paula, popular João de Paula.
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