POEIRAS DE ITABUNA
De: Expedita Maciel Viana, cearense, que vive há 41 anos em Itabuna, recebeu o Titulo de cidadania Itabunense em Julho 2011. Funcionária Pública Estadual, aposentada pelo Detran, é autora do Livro: “ Vim, vi e venci”. Autora de dezenas de poemas e poesias. Mãe de quatro filhos, avó de 11 netos; e um bisneto. É a filha adotiva de Itabuna que mais ama esta terra. Formou-se na primeira turma da Federação das Escolas Superiores de Itabuna- Ilhéus – FESPI, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC, em 1975, no curso de Ciências Físicas e Biológicas. Há 15 anos é esposa do escritor e jornalista, João Batista de Paula, cearense, que também vive nesta cidade desde 1984.
POEIRAS DE ITABUNA
Há! Itabuna Centenária;
Se Teus filhos tivessem investido em teu bem-estar;
Retribuindo um pouco do muito que destes a eles;
Não estarias a chorar com a poluição e morte do Rio Cachoeira;
Rio que te banha, enfeita, e torna o brilho das luzes à noite; mais romântica;
Hoje o Rio Cachoeira está preto, feio, sem vida, fedorento, incomodando até quem vive ao relento.
As altas árvores que contavam história do Jardim Vitória, cantavam vitórias, pensando que ficariam livres do ruído da máquina moto-serra que as fez tombar;
Os Eucaliptos, aletrinas, jaqueiras, altas castanheiras que ao tombar , levaram o abrigo e o repouso das aves variadas, que alegres gorjeavam ao amanhecer e ao entardecer de volta como uma prece, achando que acordariam sempre no Parque da Cidade, tão prometido pelos políticos e com todas as suas árvores purificando o ar, lugar para passear; e enfeitando a cidade pintando com um lindo tons de verde, como existe em várias capitais os seus jardins botânicos
Foi tudo um sonho que se tornou um pesadelo! Só arranhas céus e selva de pedras vão tomando lugar do verde que te quero verde;
Hoje tuas aves estão em árvores baixas, em estreitas avenidas com alta poluição sonora; e o pássaro canoro não gorjeia como antes.
Que saudade daquele bate papo e de algumas paqueras dos velhos ricos e jovens da nossa querida cidade;
Nos fins da tarde, na praça Adami e Camacan; onde na Cinqüentenária, hoje Avenida Centenária, se batia um papo rápido para botar negócios em dias; e se ia tomar no café pomar: o cafezinho, ou , um gostoso sorvete no anoso Danúbio do Expedito;
Suas noites Itabuna eram tranqüilas; Jantava-se na Estrela do Sul, na BR 101, com funcionamento de uma bela boate. Na Maralina a turma jovem dançava discoteca sem toque de violência; e Bons filmes se via nos cinemas Plaza , Oasis e no Cine Itabuna.
Bons tempos Itabuna! Bar muito freqüentado na esquina do Marabá, na praça do Banco do Brasil, famoso chão de Estrelas no Beira Rio, onde a alta sociedade fazia seu gostoso bate papo, dançava, ria, e negócios faziam em nome do doce progresso.
Dia do seu aniversário era festejado com Garbo!
Sete de Setembro com desfile espetacular de fanfarras, presentes as dos colégios da Rede Municipal,, o Imeam, e da rede Estadual, sem falar da presença das Fanfarras dos colégios de Ilhéus ;
Não vivíamos reféns do medo; da falta de segurança, das perseguições políticas, da necessidade de puxar saco para se manter no seu emprego;
Salvação para ti Itabuna; Só do anjo que o Senhor enviar;
Como enviou para Sodoma e Gomorra , para que todos e tudos não morram se houver homens justos; Salve Deus o Criador; Só em vós está o poder de restaurar e recuperar à natureza e Itabuna;
Mudando os corações dos homens que tem poder nesta cidade;
Dando-lhes consciência para que com ciência consigam reparar o mal feito a ti.
Viva a cidade!
Viva os homens de bem!
Viva o verde!
Viva à Natureza
Viva o progresso !
Viva seus amados filhos!
São José padroeiro desta cidade;
Una-se a nós para pedir a Deus;
Salvação para esta cidade;
Levantar;
Sacudir a poeira;
E dá a volta por cima.
| Expedita Maciel e João de Paula, o casal bem sucedido. |
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